terça-feira, 24 de maio de 2011

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A ilusão da velocidade

“Nós afirmamos que a magnificência do mundo enriqueceu-se de uma beleza nova: a beleza da velocidade”
“O Tempo e o Espaço morreram ontem. Nós já estamos vivendo no absoluto, pois já criamos a eterna velocidade onipresente.”
Filippo Tommaso Marinetti – Manifesto Futurista, Le Figaro 20 fevereiro 1909

Qual o efeito prático do incremento da velocidade sobre a mobilidade nas cidades?

Segundo a física, a velocidade é uma relação matemática entre espaço e tempo. Neste sentido, a conquista da velocidade absoluta nos permitiria decretar a morte do Tempo e do Espaço, conforme preconizaram os Futuristas. Porém, a velocidade não é absoluta, tampouco onipresente. Na realidade, o que existe são diversas medidas de velocidade.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

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Lições de Boston

O que acontece quando o espaço destinado à mobilidade fica livre de barreiras?

Ruas e avenidas são normalmente reservadas à circulação de veículos, ficando os pedestres restritos a calçadas, e estas, muitas vezes, são estreitas e cheias de obstáculos. Porém, existem ocasiões especiais em que essas mesmas vias são interditadas aos veículos e se transformam em um grande espaço livre de barreiras.

Dentre os motivos que levam ao fechamento de uma via aos veículos automotores está a realização de eventos esportivos. Um grande exemplo são as maratonas que arrastam multidões em diversas cidades e países de todo o mundo.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

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O futuro dos ônibus

“Tiene que haber de todo en una ciudad: metro, bus, taxi, bici... La única condición es que jamás compitan por el mismo espacio.” Jaime Lerner - Jornal El Pais 29/10/2007

Nenhuma idéia em transporte nasce pronta, acabada. Boas ideias são revolucionárias e, portanto, estão a frente do seu tempo, alguns poucos visionários conseguem percebê-las de pronto; outros pagam o preço de não arriscar o novo por longos anos.

A ideia de criar vias segregadas para ônibus é relativamente antiga e foi aplicada pela primeira vez em 1937, na cidade americana de Chicago[i]. A concepção inicial, que tinha como principal contribuição criar um espaço exclusivo à circulação de ônibus, evoluiu lentamente, até que em 1974 o arquiteto e urbanista Brasileiro Jaime Lerner, criou e implementou na cidade paranaense de Curitiba um sistema que revolucionou o transporte público por ônibus: o BRT. Afinal o que há de tão revolucionário nessas três letrinhas?

terça-feira, 26 de abril de 2011

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O fim dos ônibus?

Porque o sistema de ônibus da cidade do Rio de Janeiro é tão ineficiente? Uma resposta apressada colocaria toda a carga de responsabilidade nos empresários que administram as empresas de ônibus, quando, na verdade, a principal razão é que o espaço de circulação deste meio de transporte é cada vez mais restrito e ineficiente, e isto ocorre porque ônibus e automóveis disputam o mesmo espaço numa briga em que todos saem perdendo.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

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A Cidade Parou

“Stop.
A vida parou
Ou foi o automóvel?”

                Carlos Drummond de Andrade – Alguma Poesia, 1930

Foi exatamente deste poema anti-futurista de Drummond que surgiu a ideia para o título deste blog. No entanto, aviso aos navegantes que não sou nem anti-futurista nem tampouco procurarei endemoniar a figura do automóvel, apenas acredito que a sua utilização em determinadas situações deva ser repensada.

A sensação de todos é a de que acidadeparou, engarrafou, mas qual é o significado disto?

terça-feira, 19 de abril de 2011

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Distribuição desigual dos ônibus no município do Rio de Janeiro

Este post é uma resposta rápida à leitora Carla Padilha que relatou:
“É importante constatar a disparidade entre os ônibus que rodam pela Zona Sul e os que transitam pelas Zonas Norte e Oeste: há muito mais carros e linhas disponíveis à parcela da população que tem possibildade de custear transporte privado, enquanto as pessoas que moram longe de seus trabalhos devem enfrentar cotidianamente ônibus lotados e com longos intervalos de tempo.”

sábado, 16 de abril de 2011

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Prontos para a Olimpíada

Embora estejamos ainda distantes cinco anos da realização dos jogos olímpicos de 2016 na Cidade do Rio de Janeiro, poderia afirmar que a cidade está muito bem preparada para lidar com a elite do esporte mundial.

A cidade maravilhosa é capaz de impor desafios olímpicos diariamente a milhões de brasileiros que nela vivem ou que dela dependem para viver, pessoas que enfrentam uma maratona diária no ir e vir, ou seja, verdadeiros atletas.